O MobizapSP, aplicativo de transporte da Prefeitura de SP, começou a funcionar nesta quinta, como instrumento para concorrer com o Uber.
O novo aplicativo vai repassar para os motoristas cerca de 89% do valor da corrida e não irá cobrar de passageiros tarifa dinâmica, que aumenta em horários de pico.
O aplicativo não vai ter tarifa dinâmica, ou seja, a tarifa que ele paga para sair em um horário fora do pico vai ser similar à hora do pico. Ele calcula a tarifação com a distância que ele vai correr e o tempo real”, afirma Thiago Hilalgo, diretor do Consórcio 3C, contratado pela prefeitura para implementar o aplicativo na capital.
Cerca de 280 motoristas que tentaram se inscrever no aplicativo foram barrados por conta dos protocolos de segurança da plataforma.
Suspeitas de irregularidade em licitação
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) está analisando um pedido de investigação sobre o processo de licitação relacionado ao desenvolvimento do mobizapSP.
O requerimento feito pelo vereador Toninho Vespoli (PSOL) foi protocolado em 17 de março na Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social.
No documento, o parlamentar argumenta o seguinte:
• O processo de licitação, incluindo o edital de convocação para concorrência, está todo em “sigilo”, classificado como “restrito”;
• Não houve concorrência na licitação;
• O Consórcio 3C, único participante e vencedor do processo, foi criado pouco tempo antes de vencer o processo (abertura de empresa no dia 31/08 e resultado publicado no Diário Oficial em 07/09);
• As empresas que compõem o Consórcio 3C seriam suspeitas de envolvimento em desvios de recursos públicos em contratos no setor de transportes.
Segundo o diretor da empresa, as investigações por desvios de verba pública na área do transporte e lavagem de dinheiro sobre o Consórcio 3C, responsável pelo aplicativo, foram arquivadas.
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