outubro 23, 2024
Metralhadoras furtadas disparam 600 tiros min foto dcm

Metralhadoras furtadas disparam 600 tiros min

Metralhadoras furtadas do Exército são ‘relíquias’ e disparam 600 tiros por minuto, diz especialista
Quatro armas levadas do quartel em Barueri (SP) ainda não foram recuperadas. Fora dos quartéis, elas aparecem em grandes crimes registrados pelo país.
As metralhadoras furtadas de um quartel do Exército em Barueri, na Grande São Paulo, são bastante antigas e podem ser consideradas relíquias, explica o professor de história Dennison de Oliveira.
O especialista da Universidade Federal do Paraná (UFPR) contou ao Fantástico como essas armas de guerra, sendo algumas capazes de derrubar aeronaves, chegaram ao Brasil.
“A .50 é uma metralhadora desenvolvida em 1917. Ela chega ao Brasil, pela primeira vez, durante a Segunda Guerra Mundial, uma grande remessa com centenas de metralhadoras enviada ao Brasil num contexto de escalada das tensões com a Argentina. Ela foi pensada como arma antitanque. Já as MAG são de um projeto belga no início da década de 50.”
De acordo com o professor, “teoricamente, tanto uma como a outra conseguem disparar em torno de 600 tiros por minuto”.
“No caso da .50, o atirador, depois de gastar uma fita de 250 tiros, tem que parar de atirar e esperar o cano esfriar. Essas MAG, de origem belga, são capazes de sustentar o fogo por muito tempo”, afirma o especialista.
Das 21 armas furtadas, nove foram encontradas no interior do estado neste sábado (21) e outras oito também foram recuperadas nesta semana no Rio de Janeiro.
Quatro metralhadoras seguem em poder de criminosos. O Exército diz que elas são inservíveis, ou seja, não tem mais como serem usadas.
Mas, embora a instituição afirme que ficaria muito caro consertar as armas, para o crime organizado, dinheiro não seria problema.
“Se você pega um lote grande dessas armas e começa a pegar peças de uma por uma na outra, elas voltam a ser eficazes. E são tremendamente eficazes. O armeiro profissional faz. A questão que fica é a munição. Onde vão encontrar a munição?”, questiona o professor da UFPR.

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