julho 27, 2024
SUS vai atender à noite e aos domingos

SUS vai atender à noite e aos domingos

Para zerar fila do SUS, Ministério da Saúde planeja atendimento noturno e aos fins de semana. O governo federal promete levar profissionais de saúde para o Norte do país e realizar procedimentos à noite e aos finais de semana para tentar zerar a fila de cirurgias eletivas do SUS (Sistema Único de Saúde), uma das prioridades dos primeiros 100 dias do novo governo
A pasta anunciou em janeiro que o Programa Nacional para Redução das Filas fará o repasse de R$ 600 milhões a estados e municípios para a realização desses procedimentos. A primeira parcela do recurso, de R$ 200 milhões, será entregue com a aprovação do diagnóstico enviado pelos estados.
Estima-se que hajam de 2 a 3 milhões de cirurgias represadas no país…
Os estados e municípios ficaram responsáveis por enviar informações dos procedimentos represados e as prioridades. Dessa forma, o Ministério da Saúde terá um diagnóstico preciso da situação no Brasil.

A pasta exige que no documento as unidades da federação informem qual o tamanho da fila, a expectativa com o plano de redução, quais os procedimentos colocados como prioridade, em quais os municípios e os prestadores.

No Brasil, segundo o secretário, a fila SUS é grande e distorcida. Isso porque, dependendo do procedimento, tem gente que espera mais de um ano. Ele citou que em Roraima, por exemplo, não há cirurgias eletivas.
“Uma pessoa com problema de vesícula precisa esperar ter complicação, há situações que não são admissíveis. Adianta colocar dinheiro em Roraima? O gestor vai melhorar um pouco o fluxo, mas não resolve. Lá, por exemplo, queremos pegar um dos hospitais do estado e transformá-lo para operar também de forma eletiva. A gente quer que a Ebserh [Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares] assuma esse hospital”, disse.
O secretário disse que haverá estratégias diferenciadas com o intuito de atender as especificidades de cada estado. Haverá parceria com hospitais públicos, filantrópicos e até particulares, entre elas com os hospitais federais da Ebserh, que conta atualmente com 41 unidades.
O secretário disse que uma das estratégias deve ser a migração de equipes completas de médicos do Sul e Sudeste para o Norte, região com maior déficit de profissionais de saúde do país.
“A gente precisa primeiro ter um retrato da necessidade, vamos colocar uma pessoa em cada estado para entender a dinâmica. Os gestores preparam os pacientes, marcam a cirurgia e nós levamos equipes para a região. O pessoal da USP [Universidade de São Paulo], da Unifesp [Universidade Federal de São Paulo], e da Unicamp [Universidade Estadual de Campinas] topam fazer isso”, afirmou.

Essa é a primeira estratégia para o Programa Nacional para Redução das Filas. No segundo semestre, segundo o Ministério da Saúde, o ministério deve anunciar repasses para redução de exames de diagnóstico

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *