julho 27, 2024
Crescem mortes Pelos policiais foto deiwid felicio

Crescem mortes Pelos policiais

SC tem alta de 115% no número de mortes cometidas por policiais no 1º semestre de 2023.

Dado saltou de 20 para 43 nos primeiros seis meses. Um dos mortos neste ano foi Alan Ferreira de Lima, atingido durante operação policial; família diz que ele morreu por engano.

As mortes cometidas por policiais civis ou militares em Santa Catarina aumentaram 115% no 1º semestre de 2023 em comparação ao mesmo período do ano passado. Entre 1º de janeiro e 30 de junho, foram 43 óbitos, contra 20 nos seis primeiros meses de 2022. As ocorrências são classificadas pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) como Mortes Decorrentes de Intervenção Policial (MDIP).

Os números são os primeiros da gestão Jorginho Mello (PL) e mostram que o crescimento aconteceu após dois anos seguidos de queda.

A SSP, responsável pelos dados, informou que todas as mortes são investigadas e ressaltou que tem intensificado ações contra grupos criminosos que tentam se instalar no estado… 

O Ministério Público manifestou preocupação com o aumento de óbitos por parte das polícias 

Entre os mortos neste ano está Alan Ferreira de Lima. Com 21 anos, ele foi atingido com dois tiros de fuzil e dois de pistola dentro de casa durante uma operação policial na manhã de 30 de março.

A ação tinha como objetivo encontrar suspeitos que atiraram em uma ambulância e feriram dois bombeiros no dia 18 daquele mês. Quando o atentado aconteceu, Alan morava em Pernambuco.

Segundo o boletim de ocorrências no qual o g1 teve acesso, os policiais que participaram da ação afirmaram que Alan estava armado e reagiu com tiros à abordagem. A família contesta, disse que ele não tinha arma e que foi executado por engano.

“Diante dos laudos de perícia, o corpo foi encontrado no quarto, a arma que supostamente ele portava na mão foi encontrada na cozinha, na pia. A posição do corpo, os tiros, tudo leva a crer que realmente teve um erro”, disse o advogado Sidnei Galvão, que representa a família.

Alan chegou a Santa Catarina cinco dias antes de morrer e, conforme o defensor, se mudou para o estado buscando uma vida melhor. No dia em que houve a ação, a mulher dele e a filha bebê do casal, de 1 mês, estavam dentro da casa e retiradas pelos policiais.

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