julho 27, 2024
Morte por silicone acende luz vermelha Foto Divulgação

Morte por silicone acende luz vermelha

Episódio que matou jornalista após usar silicone, serve de advertência para outras mulheres.  Silicone industrial e PMMA: uso é proibido e aplicação é crime; entenda riscos de substâncias que podem ter elo com morte de Lygia Fazio

Modelo e jornalista Lygia Fazio morreu nesta quinta-feira (1º) aos 40 anos, cerca de um mês depois de sofrer um AVC. Segundo amigas, ela usou silicone industrial e PMMA em procedimentos estéticos há pelo menos três anos e, desde então, enfrentava complicações de saúde.

A modelo e jornalista Lygia Fazio morreu aos 40 anos, nesta quarta-feira (31), cerca de um mês após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC). De acordo com amigas de Lygia, há pelo menos três anos a modelo usou silicone industrial e o chamado PMMA em procedimentos estéticos. Desde então, teve uma série de problemas de saúde e tentava retirar as substâncias do corpo.

O uso de silicone industrial para fins estéticos é proibido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A aplicação do produto no corpo humano é considerada crime no Brasil.

PMMA é uma sigla para polimetilmetacrilato, um componente plástico que pode ser usado em forma de gel para preenchimento cutâneo apenas em duas situações, segundo a Anvisa: para corrigir pequenas irregularidades no corpo e em casos de lipodistrofia (perda de gordura facial que pode acontecer em pacientes com Aids por conta dos medicamentos usados no tratamento da doença).

“Esse produto, que era silicone industrial misturado com PMMA, começou a espalhar pelo corpo dela, deu infecção, uma bactéria. E por esses três anos ela tentou a cura, tentou tirar essa substância, mas não saiu por inteiro, e isso gerou muitas infecções, muitos problemas pra vida dela. Ela teve recentemente um AVC que a deixou hospitalizada”, afirmou nas redes sociais a jornalista e amiga de Lygia, Meiri Borges.

Quando usado em grandes quantidades ou em grandes áreas do corpo, o PMMA pode causar diversas complicações à saúde, segundo Feres Chaddad, chefe da neurocirurgia do Beneficência Portuguesa de São Paulo e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

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