Em coletiva, governo do Estado confirma que o déficit do Estado este ano é de R$ 2,8 bilhões de reais
Durante entrevista coletiva realizada nesta terça-feira (24) no Centro Administrativo, em Florianópolis, o governador Jorginho Melo e o secretário da Fazenda, Cleverson Siewert, apresentaram um diagnóstico da situação financeiro-administrativa do Governo do Estado, reiterando o propósito do governo de realizar uma administração transparente, em primeiro plano cumprindo propostas da campanha eleitoral. O ponto mais importante do encontro com a imprensa e com as emissoras que formam a Associação Catarinense das Emissoras o governo catarinense nos últimos dois anos, foi ao final da exposição, quando o governador respondeu perguntas da imprensa.
Na oportunidade, o governador Jorginho reafirmou o seu compromisso com a área da Saúde, trabalhando, segundo ele, para resolver com recursos próprios o déficit de cirurgias eletivas, entre outras prioridades do setor. Ele também confirmou que deverá encontrar-se com o presidente Lula e com o Ministro da Economia, nesta quarta-feira, quando pretene cobrar a contrapartida do governo federal com relação a parcela de investimentos que o governo do Estado fez em obras rodoviárias fedeerais, como é o caso da BR-470, entre outras.
Outra promessa de campanha foi efusivamente destacada pelo governador, comprometendo-se a criar ensino superior gratuito em todo o Estado, voltado para os catarinenses residentes e nascidos no Estado, cujos critérios já estão sendo estudados pelo governo e deverão ser anunciados na próxima semana, após seu retorno de Brasília, quando deverá anunciar também como fará para zerar a fila das cirurgias eletivas.
Saldo Negativo
Após admitir a situação crítica do Governo do Estado, o secretário da Fazenda, Cleverson Siewert constatou que o saldo negativo da execução orçamentária deste ano é de R$ 2 bilhões e 850 milhões de reais, o que demonstra que as despesas são muito maiores do que as receitas.
Logo no início de sua exposição, antes da coletiva com a imprensa, o secretário analisou duas tendências claras nos números sobre arrecadação e despesas estaduais. Uma tendência no período entre 2013 e 2019 e outra totalmente diferente, com aumento significativo das despesas entre 2019 e 2022.
Um dos pontos criticados foi o Plano 1.000, com pagamentos irregulares de PIX às prefeituras municipais, já com posição conhecida contra do Ministério Público do Estado, e agora do Tribunal de Contas, em relação ao controle externo das despesas.
Outro dado surpreendente está no sistema previdenciário estadual, que este ano terá um déficit superior a R$ 5 bilhões e 300 milhões de reais, dinheiro que sairá do caixa do Tesouro. E o aumento anual é de 1%, portanto, uma situação insustentável a médio e longo prazo. Outros números impactantes foram revelados pelo secretário da Fazenda
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