A Justiça catarinense negou pedido de prisão e apenas ampliou o afastamento de professor de Imbituba investigado por apologia ao nazismo em sala de aula
Um pedido de prisão contra o professor da rede pública estadual investigado por disseminar discurso de ideologia nazista em sala de aula de Imbituba foi negado pela Justiça, que decidiu, apenas, afastá-lo do cargo por mais 180 dias. Em novembro de 2022 ele já havia sido afastado por 90 dias. Porém, teria reincidido no crime investigado, levando o Ministério Público de Santa Catarina a requerer novas medidas.
O pedido inicial da 40ª Promotoria de Justiça da Comarca da Capital – especializada no combate aos crimes de racismo, de ódio e intolerância – era pela prisão preventiva do professor, devido à reincidência, sendo o afastamento uma medida alternativa. O juízo da 2ª Vara da Comarca de Imbituba optou pelo afastamento por 180 dias, deixando consignado que em caso de nova reincidência a prisão preventiva poderá ser decretada.
O pedido do Ministério Público foi feito após, nos últimos dias, ter circulado nas redes sociais e na imprensa um vídeo supostamente atual no qual o investigado diz ter “uma admiração muito grande pelo Hitler” e, instigado pelos alunos da escola Annes Gualberto, onde leciona, a manifestar se concordaria com o que Adolf Hitler fez, respondeu: “Sim, claro”.
Como apurado pela Polícia Civil, o professor, em outubro de 2022, teria propagado discursos de ódio e afirmações de cunho nazista, o que motivou a suspensão do cargo público pelo prazo de 90 dias, deferimento de busca e apreensão com quebra do sigilo dos eletrônicos eventualmente apreendidos.
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